domingo, 23 de maio de 2010

sangue
dia-a-dia
ela vive
e se mata
pouco a pouco
todo dia
dia e noite
ela vive
e se mata
todo dia
pouco a pouco



entre louças e pecados
ela teve um alívio
seus pensamentos acalmaram
a correnteza deixou de a levar embora
ela deixou de ser envenenada
por uma noite
duas
voltou a ter vida
foi feliz
mas gosta da ilusão
seria ilusão?
ela não sabe responder



e os dias passavam
ela queria ser feliz
livre, plena
o que seria necessário?
matar o tédio
ocupar o tempo
fazer parte de uma sociedade
interagir mais
solidamente
menos imaginação
menos tudo dependendo dela
pessoas interagindo
e produzindo
era tudo que ela queria
é tudo que qualquer ser humano quer
de onde virá esse presente
que depende tão pouco de nós alcançar?



será que não depende mesmo de cada um?
quem será que nos observa
para nos julgar
e nos presentear
com o dom da verdadeira vida?
eu não sei
e faz parte da imaginação dela essa dúvida
e ela viaja
até que começa a se matar de novo
todo dia
lentamente
aos poucos
miséria de verdade reina
aquela que não aparece
à primeira impressão

4 comentários:

PORMENORYS disse...

adoro seu blog ,vou seguir

Anônimo disse...

nossa! me identifiquei muitooo com este poema!
brigada por ir me combrar o comentário, rsrsr, sorry.
adorei, vou ate seguir!

Pedro Prado disse...

Hey,

gostei do poema do sangue, representa a vida e o bater do nosso coração!!

BLoG do CHARQuE disse...

comentando o comentario de cima " há vá!!!" ahuahuauhuhaa


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