bora pra praia?
dar um mergulho na água
fritar no sol
deixar você igual a um camarão
ferrada
a brisa
enlouquece
mais um mergulho
de ponta
respiro debaixo da onda
pirado com um novo amanhecer
você
sem exageros, por favor
você é a tinta borrada numa carta de amor
e tudo o que sou
não sou
_
escrito ao som do álbum Walk Through Exits Only do Philip H. Anselmo and the Illegals
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
porque a anitta
oi
como estais
não estarás
sempre mais
oi
voei da janela
relaxamento do corpo
e da alma
oi
estamos aqui
estamos ali
mortos por luz
quando
acabou o melado
a abelha quer mais
mas não há mais o que é prático
recebo uma foiçada no peito
gente boa merece respeito
em algum dia debaixo do sol
morra e sua lápide será bonita
vai pra balada e vê se agita
porque a anitta
não vai dar pra você
como estais
não estarás
sempre mais
oi
voei da janela
relaxamento do corpo
e da alma
oi
estamos aqui
estamos ali
mortos por luz
quando
acabou o melado
a abelha quer mais
mas não há mais o que é prático
recebo uma foiçada no peito
gente boa merece respeito
em algum dia debaixo do sol
morra e sua lápide será bonita
vai pra balada e vê se agita
porque a anitta
não vai dar pra você
domingo, 19 de janeiro de 2014
o ar apetece...
somos tão frágeis
quando nos isolamos nem percebemos o quão frágil o próximo é
na lida social tudo é surpresa e fragilidade
tudo pode ser a gota d'água, como já cantava chico...
amar o próximo é mais necessário e útil do que se imagina
você me dá um pedaço da sua fruta e eu já sou outra pessoa
fomos salvos, agora é válido
se sentir atingido por um raio e
viver a bonança do relâmpago
o ar apetece à pocação
sem sentido e sem razão
o amor deixou uma marca de dentes no pescoço do universo
agora é viver o silêncio, a ti e à oração...
só
_
escrito ao som do álbum The Devil Put Dinosaurs Here do Alice in Chains
quando nos isolamos nem percebemos o quão frágil o próximo é
na lida social tudo é surpresa e fragilidade
tudo pode ser a gota d'água, como já cantava chico...
amar o próximo é mais necessário e útil do que se imagina
você me dá um pedaço da sua fruta e eu já sou outra pessoa
fomos salvos, agora é válido
se sentir atingido por um raio e
viver a bonança do relâmpago
o ar apetece à pocação
sem sentido e sem razão
o amor deixou uma marca de dentes no pescoço do universo
agora é viver o silêncio, a ti e à oração...
só
_
escrito ao som do álbum The Devil Put Dinosaurs Here do Alice in Chains
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
o sol também lambe...
assassinado por participar de assassinatos
choveu pedra na boca do ligado
volte logo porque a chuva é densa
e vale mais que a prensa
que um dia fez você se esquecer
da vida, da brisa... daquele tudo ou nada... que você nem mais se lembrava...
daquele estar voando em um alcance tão distante
dia de renúncia, calor e barulho
não sem antes silenciar
não sem antes não estar
aquela praia gritou por mim agora
um beijo e um estalo, não tem como amenizar, é barulhento mesmo...
uma taça de ódio
um minuto sórdido
vai acabar em óbito, desse dia que ainda é tão novo...
o sol também lambe
aproveitemos, diríamos
rins cingidos, cinta de cilício
vou voltar ao início
e, por um instante, me esquecer de onde estou...
o brasileiro não pagará mais tantos impostos
escute o que estou dizendo...
_
escrito ao som do álbum Superunknown do Soundgarden
choveu pedra na boca do ligado
volte logo porque a chuva é densa
e vale mais que a prensa
que um dia fez você se esquecer
da vida, da brisa... daquele tudo ou nada... que você nem mais se lembrava...
daquele estar voando em um alcance tão distante
dia de renúncia, calor e barulho
não sem antes silenciar
não sem antes não estar
aquela praia gritou por mim agora
um beijo e um estalo, não tem como amenizar, é barulhento mesmo...
uma taça de ódio
um minuto sórdido
vai acabar em óbito, desse dia que ainda é tão novo...
o sol também lambe
aproveitemos, diríamos
rins cingidos, cinta de cilício
vou voltar ao início
e, por um instante, me esquecer de onde estou...
o brasileiro não pagará mais tantos impostos
escute o que estou dizendo...
_
escrito ao som do álbum Superunknown do Soundgarden
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
pula o muro
viver é esperança
de ser foiçado pela luz
julgado pelo que escreve
e amado pelas poças
não releia
um tom de sobremesa
uma sala e uma mala
carregue tudo e jogue de cima da ponte que une a vaidade ao açoite
tão bom se dar umas correadas que quem não sabe
não sabe o que está perdendo
subproduto ou dividendo
a busca pelo imediato
morte, chuva e rima
vai dar tudo certo
quem é bom não é deserto
morro na corda bamba que tem cor de mulamba
arranque o salto alto e bata na minha testa
chega de festa
aqui só há medo, suor e imperfeição
o chulo pula o muro e respira contabilidade
um dia a corda chegará a todos os pescoços
dia de ouro
desgraça pouca
e eles ainda são capazes de ouvir besouros
de ser foiçado pela luz
julgado pelo que escreve
e amado pelas poças
não releia
um tom de sobremesa
uma sala e uma mala
carregue tudo e jogue de cima da ponte que une a vaidade ao açoite
tão bom se dar umas correadas que quem não sabe
não sabe o que está perdendo
subproduto ou dividendo
a busca pelo imediato
morte, chuva e rima
vai dar tudo certo
quem é bom não é deserto
morro na corda bamba que tem cor de mulamba
arranque o salto alto e bata na minha testa
chega de festa
aqui só há medo, suor e imperfeição
o chulo pula o muro e respira contabilidade
um dia a corda chegará a todos os pescoços
dia de ouro
desgraça pouca
e eles ainda são capazes de ouvir besouros
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
louco sopro...
_ beijo e mordo, seu pescoço...
suave como uma pluma você me diz
seu dente arranca pedaço
e eu meio que me desfaço
querendo mais...
sou uma veia aberta
em uma viela de dieta
arranque-me o coração
nada ainda é virtuoso...
te quero pra sempre, e mais o gosto...
de você permanecerá
o bê a bá...
o resto destilará
numa causa tão pequena
ainda vivo por nós dois
vou sonhar depois
com o que me despertaria
há uma singeleza de via... que engole e neutraliza... como se fosse a única... independente ou sua...
carne crua
frita em sol
e em lá bemol
surge uma coisa boa
riscar um fósforo não é arriscar à toa...
quando o fazer jamais esquece-se de morrer
o incenso nos vingará
a lua, mais linda que nunca, nos exterminará em sangue, brilhante...
caio em um penhasco de diamante
e o baque é poder ver você sonhar... no ar... rarefeita... ao mar... silhueta... a sangrar...
gostaria de você de novo
mesmo se preciso fosse
viver mais do que o dia de hoje
sopro...
suave como uma pluma você me diz
seu dente arranca pedaço
e eu meio que me desfaço
querendo mais...
sou uma veia aberta
em uma viela de dieta
arranque-me o coração
nada ainda é virtuoso...
te quero pra sempre, e mais o gosto...
de você permanecerá
o bê a bá...
o resto destilará
numa causa tão pequena
ainda vivo por nós dois
vou sonhar depois
com o que me despertaria
há uma singeleza de via... que engole e neutraliza... como se fosse a única... independente ou sua...
carne crua
frita em sol
e em lá bemol
surge uma coisa boa
riscar um fósforo não é arriscar à toa...
quando o fazer jamais esquece-se de morrer
o incenso nos vingará
a lua, mais linda que nunca, nos exterminará em sangue, brilhante...
caio em um penhasco de diamante
e o baque é poder ver você sonhar... no ar... rarefeita... ao mar... silhueta... a sangrar...
gostaria de você de novo
mesmo se preciso fosse
viver mais do que o dia de hoje
sopro...
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
afogado está o peixe...
eu gostei daquela árvore
cortei ela toda e fiz lenha
eu gostei daquele dia estúpido
somos um rato tagarela, humanidade...
é brisa matando gente afogada
um par de óculos sendo vendido pro cara errado
um vampiro amanheceu sozinho, mas ele não foi dormir sozinho, babador...
somos uma terra gigante... o quê? sim, nem mesmo isso... ainda bem...
um uísque pro rádio também afogado...
parabéns, seu mal-lavado...
de árvore é feita até a minha pele
discuto e me afogo, também...
afogado está o peixe...
sem...
_
escrito ao som do álbum Frogstomp do Silverchair
cortei ela toda e fiz lenha
eu gostei daquele dia estúpido
somos um rato tagarela, humanidade...
é brisa matando gente afogada
um par de óculos sendo vendido pro cara errado
um vampiro amanheceu sozinho, mas ele não foi dormir sozinho, babador...
somos uma terra gigante... o quê? sim, nem mesmo isso... ainda bem...
um uísque pro rádio também afogado...
parabéns, seu mal-lavado...
de árvore é feita até a minha pele
discuto e me afogo, também...
afogado está o peixe...
sem...
_
escrito ao som do álbum Frogstomp do Silverchair
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
estalos
hoje
ontem
rastejando em terra rica
dançando na cor do sol
que a paz volte aos corações
semente da vida
floresce ao luar
um beijo estalado precisa estalar
ontem
hoje
uma pedra preciosa quer te adornar...
ontem
rastejando em terra rica
dançando na cor do sol
que a paz volte aos corações
semente da vida
floresce ao luar
um beijo estalado precisa estalar
ontem
hoje
uma pedra preciosa quer te adornar...
domingo, 5 de janeiro de 2014
montanha
pulando em uma montanha de lama em um dia de chuva
veia limpa, coração esquecido de tão tranquilo
torce a camisa e vai pra casa porque a vida é assim
zero tédio, cem por cento fé
uma espécie de piloto automático que algum dia talvez você possa adotar
loucura demais, tranquilidade demais, espontaneidade, sabe-se lá o que era aquilo...
um misto de liberdade e inocência
construa sua história
não viva de escória
seu sangue está aí
não só para mosquitos sugarem
antes que a vida acabe
nunca se sabe
hoje é um dia ameno e suave
parabéns para o momento chave
viva a idade
amizade, consigo mesmo, nunca é tarde...
madeira, metal, saudade...
vinil, ouro, viagem...
a mais pura imagem: solenidade
_
escrito ao som do álbum The Great Escape Artist do Jane's Addiction
veia limpa, coração esquecido de tão tranquilo
torce a camisa e vai pra casa porque a vida é assim
zero tédio, cem por cento fé
uma espécie de piloto automático que algum dia talvez você possa adotar
loucura demais, tranquilidade demais, espontaneidade, sabe-se lá o que era aquilo...
um misto de liberdade e inocência
construa sua história
não viva de escória
seu sangue está aí
não só para mosquitos sugarem
antes que a vida acabe
nunca se sabe
hoje é um dia ameno e suave
parabéns para o momento chave
viva a idade
amizade, consigo mesmo, nunca é tarde...
madeira, metal, saudade...
vinil, ouro, viagem...
a mais pura imagem: solenidade
_
escrito ao som do álbum The Great Escape Artist do Jane's Addiction
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
além
almas nos tribunais de fogo
disputando quem vai primeiro pro inferno
gelatinosa é a veia da prostituta
esperando seus mancebos anaeróbicos
demônios vivos por gentileza
de acabar, findar a vida do próximo
até a lua é uma arma
todos morrerão em desassossego
só os mutilados respirarão
onde o ar já não tem a mínima necessidade de ser reconhecido ou utilizado como tal
parte da mesa é pra sobremesa
parte do ódio, pra luz
tudo o que reluz é ouro
tudo o que sofre é prato
gotinha de sangue escorrendo pela boca do regalado
foice e miséria participarão
pra matar um irmão
livres e açoitantes pela verdadeira vida eterna
hoje, sempre e hoje, de noite, de dia, sua vida, não há vida
além
_
escrito ao aroma do incenso Mirra da Vinati
disputando quem vai primeiro pro inferno
gelatinosa é a veia da prostituta
esperando seus mancebos anaeróbicos
demônios vivos por gentileza
de acabar, findar a vida do próximo
até a lua é uma arma
todos morrerão em desassossego
só os mutilados respirarão
onde o ar já não tem a mínima necessidade de ser reconhecido ou utilizado como tal
parte da mesa é pra sobremesa
parte do ódio, pra luz
tudo o que reluz é ouro
tudo o que sofre é prato
gotinha de sangue escorrendo pela boca do regalado
foice e miséria participarão
pra matar um irmão
livres e açoitantes pela verdadeira vida eterna
hoje, sempre e hoje, de noite, de dia, sua vida, não há vida
além
_
escrito ao aroma do incenso Mirra da Vinati
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