olhe só
ela tinha
um medo danado
de atravessar a rua sozinha
à noite, naquele asfalto
morreu desde pequenininha
tudo era sal puro
cloreto que vivificava
todos os dias no estudo
a vida virou a curva
agora ela é alvo puro
levando a vida à toa
com o coração, escudo
mas que disparate, ó, ser
o coração...
olhe só
ela gostava de foices
rufando no clarão da lua
nas noites de soberba cura
mandaram matar
agora no mato
mas ela está viva
um recanto de fato
2 comentários:
Bem interessante!
***
Patrícia Roberta - Colaboradora do Café de Fita
A poesia e sua subjetividade.
Isso me deixa louco.
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