cansado estava o voo do urubu
comer carniça sozinho agora eu vou porque eu prefiro
mergulhar a ferida no álcool só por um momento de reflexão
me despedaçar no ato do simples estar parado
de galho em galho, de mato em mato...
dádiva sim, o louco debulhar-se do dia
perigo não, a noite é selvageria...
distante de mosquitos da repetição
um estar realmente amplo
preenchendo esse estar, um recanto
um extravasar as paredes
mergulhar nas estrelas
saciar as apalpadelas
registrar as minhas nuances em morte e aquarela
rastejar no teto, beber concreto
sonoridade
deixo a cidade
visito as montanhas
ao encontrar uma cena em que as falas rimem
hímen
samambaias sorriem
diversão e mais um bocado
vai restar só retrato
veneno de rato
supra correlato
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escrito ao som do álbum Blood Sugar Sex Magik do Red Hot Chili Peppers
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