sábado, 5 de outubro de 2013

sujeito à paz

o sujeito está sujeito a coisas que nem mesmo ele havia antes percebido
grandes frases verdadeiras nem sempre são bem-vindas
a gente quer brincar um pouco, às vezes
chutar o céu com um olhar, viajar na poeira das estrelas
preencher o espaço
driblar um palhaço
conquistar o próprio ser

um Dia tomou um caldo de cana e reparou a Rua
_ Ó, dia, o que estais fazendo olhando pra mim? - disse então a Rua
_ Eu te domino pra sempre mais!
_ Disso eu sempre soube.

na areia da praia dorme um cangaceiro
chuvinha boa me recebe em um escanteio
cabeceio, durmo e goleio...
meu aparelho de som gosta de coisa boa
sereno, um vento, o agora é voar...

_
escrito ao som do álbum Diesel and Dust do Midnight Oil e
ao aroma do incenso Chandan da Parimal

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