terça-feira, 8 de janeiro de 2013

bem vestido em sua cama

relaxe a cabeça
arranque ela do pescoço

esfaqueie os pés
torne em sangue as panturrilhas

pinte as paredes

uma erva acende a outra
que reine a paz e a sabedoria
vivendo hoje todos os dias
um beijo, um queijo, uma alegria

instituto do prazer e da liberdade
pra viver não há idade
matando a sede e uma tal saudade
antes de mais nada, ser

eu, bem vestido em sua cama
você chega e se derrama
apertada em bem viver

não lembro mais o que é roupa
depois de lavar a louça
fui jogado em um alçapão

onde você é senhora de tudo
visto já o meu luto
pela sua vida que se esvai

eu te mato sem fronteiras na nossa terra de bem querer
assinada está a permissão concedida por você
morremos juntos, já não sei mais suportar
o tormento, a dor, a cura e a paixão
gosto de você também no chão
apanhando engasgada
sendo não mais e nem menos que nada
você já etá quase enterrada
quando consegue fugir

o ar é espesso
você me engole feito louca
toda a perdição ainda é pouca
transmutamos nosso viver
te abraço pra valer
choro e deixo você
sem saber como se esvai
a dor que nos unia
morta pelo clímax
ainda quero mais

_
escrito ao aroma do incenso Pachouli da Agni

Nenhum comentário: