domingo, 16 de março de 2014

Nova faixa de novo projeto meu postada no Soundcloud.

clique no botão play para tocar

domingo, 2 de março de 2014

nota minha, por alto, para os últimos filmes que assisti...

_Pânico 3 (Scream 3). -> 8

_Hotel da Morte (The Innkeepers). -> 8

_Invasão à Casa Branca (Olympus Has Fallen). -> 8

_O Panaca (The Jerk). -> 9

_Brinquedo Assassino (Child's Play). -> 9

_O Talentoso Ripley (The Talented Mr. Ripley). -> 10

_Voo Noturno (Red Eye). -> 8

_A Morte lhe Cai Bem (Death Becomes Her). -> 9

_O Exterminador do Futuro (The Terminator). -> 8.5

_Aqui é o Meu Lugar (This Must Be the Place). -> 10

_Distrito 9 (District 9). -> 9

_Elvira - A Rainha das Trevas (Elvira: Mistress of the Dark). -> 8

_Metal - Uma Jornada pelo Mundo do Heavy Metal (Metal: A Headbanger's Journey). -> 8

_Femme Fatale. -> 9

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

o poeta com o pescoço na foice

manuel bandeira
carlos drummond de andrade
joão cabral de melo neto

escrevendo e flamejando
em busca de ler poesias
de grandes mestres

há fogo pra hoje
pendurar o pescoço na beirada da lâmina de uma foice
pra se divertir com o sangue da torcida na arquibancada
que logo sobrevirá pra ver
o poeta na foice morrer
e querer fazer igual
pra ser feliz e pavê
com sorvete, biscoito e creme de chantili
torcida besta
tem nada que torcer pra poeta nenhum

o poeta com o pescoço na foice estava brincando
para se sentir só novamente
sabe que talvez tenha que se lembrar de torcidas
o poeta nem gosta da ida
só quer te ver e morder, pequena
escute uma codorna
e coma um ovo cozido dela
um só não fará falta
assim é com o poeta
se você comprar uma cópia de livro dele
talvez não faça troça

uma nuvem vira uma taça de ouro e você vira a taça cheia de vinho...
tá certo?
tranquilo em um deserto
um dia morreremos
tá certo
é?

_
escrito ao som do álbum Walk Through Exits Only do Philip H. Anselmo and the Illegals

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

indício

trigo
azeite
vinho
amor
graça
caminho
eu acho até que eu adivinho
quem é ela por se achegar...

risos
adivinho nada
difícil vislumbrar

não demore, pequena
o tempo sem você é um desperdício
ainda tenho um resquício
de vida e morte pra viver
e morrer...

_
escrito ao som do álbum Follow the Leader do Korn

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

mergulho em uma árvore

congelado
absorto
negado

quieto
morto
nato

um pulo de peito de uma varanda pra cima de uma frondosa árvore
um tornar-se ela, seus galhos, o sangue em toda sua seiva
averiguar fundo até a raiz com a profundidade da água em colheita
o poder do fato, transmutado em um ato
de com a natureza se fazer morrer, por um instante grato
e perceber, como uma árvore pode amar tanto você
o verde de sua copa, a morte em cada horta
fazendo a semente morta renascer
abro os braços e dentro dela experimento
o formato de uma vida em contento
sob o céu, a terra, o ar...
a água pra me congelar
e depois voltar para o meu leito
e saborear esta inusitada experiência
de por um momento estar dentro dela, e em outro, fora dela...
bem como eu e você
a morte e a aquarela
mela

_
escrito ao som do álbum More do Pink Floyd

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

eu em uma biblioteca da USP quarta passada

domingo, 9 de fevereiro de 2014

do alto

o coelho
em seu buraco
feliz
sua toca

um pássaro
em uma árvore
feliz
seu ninho

dentro de um barril de tinta
estava o transeunte
se divertindo
escolhendo
algumas cores

onde está seu ninho, onde está sua toca?
onde está sua cruz...

passear sobre a madeira
saborear uma água gelada
é questão de tudo ou nada
conquiste o seu saborear
e logo mais vamos nadar

um pulo do alto direto no mar...

_
escrito ao som do álbum The Martyrdom of a Catastrophist do Junius

domingo, 2 de fevereiro de 2014

de pêssego

o gelo matou a pocilga
os porcos mamaram na morte
e agora, zé-disse-eu?
dois copos de vodca pro abismo beber...
e fazer
o que quiser

mula de poça respira o luar
vamos brincar de bingo e ditar
o que é o hoje e o que é o amanhã
sem problemas, mato beiçudo
vamos explorar a região

capanga pegou o desavisado na faca
cuidado, capanga do mato
há algo muito pior do que a sua pega
suco de pêssego da noruega
refresca os pescoços e manda matar
ditar

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

sem exageros, por favor...

bora pra praia?
dar um mergulho na água
fritar no sol
deixar você igual a um camarão
ferrada

a brisa
enlouquece

mais um mergulho
de ponta
respiro debaixo da onda
pirado com um novo amanhecer
você

sem exageros, por favor
você é a tinta borrada numa carta de amor
e tudo o que sou
não sou

_
escrito ao som do álbum Walk Through Exits Only do Philip H. Anselmo and the Illegals

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

porque a anitta

oi
como estais
não estarás
sempre mais

oi
voei da janela
relaxamento do corpo
e da alma

oi
estamos aqui
estamos ali
mortos por luz

quando
acabou o melado
a abelha quer mais
mas não há mais o que é prático

recebo uma foiçada no peito
gente boa merece respeito
em algum dia debaixo do sol

morra e sua lápide será bonita
vai pra balada e vê se agita
porque a anitta
não vai dar pra você

domingo, 19 de janeiro de 2014

o ar apetece...

somos tão frágeis
quando nos isolamos nem percebemos o quão frágil o próximo é
na lida social tudo é surpresa e fragilidade
tudo pode ser a gota d'água, como já cantava chico...
amar o próximo é mais necessário e útil do que se imagina

você me dá um pedaço da sua fruta e eu já sou outra pessoa
fomos salvos, agora é válido
se sentir atingido por um raio e
viver a bonança do relâmpago

o ar apetece à pocação
sem sentido e sem razão
o amor deixou uma marca de dentes no pescoço do universo
agora é viver o silêncio, a ti e à oração...


_
escrito ao som do álbum The Devil Put Dinosaurs Here do Alice in Chains

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

o sol também lambe...

assassinado por participar de assassinatos
choveu pedra na boca do ligado
volte logo porque a chuva é densa
e vale mais que a prensa
que um dia fez você se esquecer
da vida, da brisa... daquele tudo ou nada... que você nem mais se lembrava...
daquele estar voando em um alcance tão distante

dia de renúncia, calor e barulho
não sem antes silenciar
não sem antes não estar
aquela praia gritou por mim agora
um beijo e um estalo, não tem como amenizar, é barulhento mesmo...
uma taça de ódio
um minuto sórdido
vai acabar em óbito, desse dia que ainda é tão novo...
o sol também lambe
aproveitemos, diríamos
rins cingidos, cinta de cilício
vou voltar ao início
e, por um instante, me esquecer de onde estou...
o brasileiro não pagará mais tantos impostos
escute o que estou dizendo...

_
escrito ao som do álbum Superunknown do Soundgarden

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

pula o muro

viver é esperança
de ser foiçado pela luz
julgado pelo que escreve
e amado pelas poças
não releia

um tom de sobremesa
uma sala e uma mala
carregue tudo e jogue de cima da ponte que une a vaidade ao açoite
tão bom se dar umas correadas que quem não sabe
não sabe o que está perdendo
subproduto ou dividendo
a busca pelo imediato
morte, chuva e rima
vai dar tudo certo
quem é bom não é deserto
morro na corda bamba que tem cor de mulamba
arranque o salto alto e bata na minha testa
chega de festa
aqui só há medo, suor e imperfeição
o chulo pula o muro e respira contabilidade
um dia a corda chegará a todos os pescoços
dia de ouro
desgraça pouca
e eles ainda são capazes de ouvir besouros

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

louco sopro...

_ beijo e mordo, seu pescoço...
suave como uma pluma você me diz
seu dente arranca pedaço
e eu meio que me desfaço
querendo mais...

sou uma veia aberta
em uma viela de dieta
arranque-me o coração
nada ainda é virtuoso...
te quero pra sempre, e mais o gosto...
de você permanecerá

o bê a bá...
o resto destilará

numa causa tão pequena
ainda vivo por nós dois
vou sonhar depois
com o que me despertaria

há uma singeleza de via... que engole e neutraliza... como se fosse a única... independente ou sua...
carne crua
frita em sol
e em lá bemol
surge uma coisa boa
riscar um fósforo não é arriscar à toa...
quando o fazer jamais esquece-se de morrer

o incenso nos vingará
a lua, mais linda que nunca, nos exterminará em sangue, brilhante...
caio em um penhasco de diamante
e o baque é poder ver você sonhar... no ar... rarefeita... ao mar... silhueta... a sangrar...
gostaria de você de novo
mesmo se preciso fosse
viver mais do que o dia de hoje
sopro...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

afogado está o peixe...

eu gostei daquela árvore
cortei ela toda e fiz lenha
eu gostei daquele dia estúpido
somos um rato tagarela, humanidade...

é brisa matando gente afogada
um par de óculos sendo vendido pro cara errado
um vampiro amanheceu sozinho, mas ele não foi dormir sozinho, babador...
somos uma terra gigante... o quê? sim, nem mesmo isso... ainda bem...
um uísque pro rádio também afogado...
parabéns, seu mal-lavado...
de árvore é feita até a minha pele
discuto e me afogo, também...
afogado está o peixe...
sem...

_
escrito ao som do álbum Frogstomp do Silverchair

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

estalos

hoje

ontem

rastejando em terra rica
dançando na cor do sol
que a paz volte aos corações

semente da vida
floresce ao luar
um beijo estalado precisa estalar

ontem

hoje

uma pedra preciosa quer te adornar...

domingo, 5 de janeiro de 2014

montanha

pulando em uma montanha de lama em um dia de chuva
veia limpa, coração esquecido de tão tranquilo

torce a camisa e vai pra casa porque a vida é assim
zero tédio, cem por cento fé
uma espécie de piloto automático que algum dia talvez você possa adotar
loucura demais, tranquilidade demais, espontaneidade, sabe-se lá o que era aquilo...
um misto de liberdade e inocência
construa sua história
não viva de escória
seu sangue está aí
não só para mosquitos sugarem
antes que a vida acabe
nunca se sabe
hoje é um dia ameno e suave
parabéns para o momento chave
viva a idade
amizade, consigo mesmo, nunca é tarde...
madeira, metal, saudade...
vinil, ouro, viagem...
a mais pura imagem: solenidade

_
escrito ao som do álbum The Great Escape Artist do Jane's Addiction

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

além

almas nos tribunais de fogo
disputando quem vai primeiro pro inferno
gelatinosa é a veia da prostituta
esperando seus mancebos anaeróbicos
demônios vivos por gentileza
de acabar, findar a vida do próximo
até a lua é uma arma
todos morrerão em desassossego
só os mutilados respirarão
onde o ar já não tem a mínima necessidade de ser reconhecido ou utilizado como tal

parte da mesa é pra sobremesa
parte do ódio, pra luz
tudo o que reluz é ouro
tudo o que sofre é prato
gotinha de sangue escorrendo pela boca do regalado
foice e miséria participarão
pra matar um irmão
livres e açoitantes pela verdadeira vida eterna
hoje, sempre e hoje, de noite, de dia, sua vida, não há vida
além

_
escrito ao aroma do incenso Mirra da Vinati