segunda-feira, 30 de maio de 2011

contamina

e a brisa passa...
e o bom filme de terror continua...
alguns jamais lembrarão os anos 80...
alguns jamais lembrarão...

perfume de pimenta, mirra e óleo...
transporta o passageiro pelas orlas do frio...
frio que chega à terra e a contamina...
com vontade e prazer.

vezes você viveu

pelas pontes do camarada rio verde
ele foi lá passear
quantas contas pra pagar, energúmeno
você não pode vacilar

trinta vezes kamicase
setenta pescador
duzentas chá mate...
quantas vezes você viveu

segunda-feira, 23 de maio de 2011

3


um


dois


eu?

terça-feira, 17 de maio de 2011

motocas pro ar

um tinhoso triste matava a madrugada
queria amor e água salgada na pele e no mar
na alma um descanso, pedaço de incenso, cheirar
olfato mimado de atropelado em asfalto, motocas pro ar
agora as feridas se curam e o tempo é um mero estar
escolheu um canto e ficou gostando da atmosfera
um começo de rebeldia saudável se fez valer como um sonho que se torna
realidade

segunda-feira, 16 de maio de 2011

alvoroço não

muito rápido
muito gosto
salpicado
alvoroço

por outro lado...

chapa a selva
no meu colo
aritmética
explodida
ranca o osso
chama a alma
alvoroço? não...
só o começo

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ele reflexos

dentro de um espelho
o bagunceiro se horroriza
caminha pelo meio da rua
buscando reflexos
meros

quer uma referência
ele esquece de tudo
quem é, como ser, com quem parece
esquece
padece

dá pena

energia nova te saudará
mantenha-se indo
pare e sorrindo
esqueça-se no ar
aterre-se na terra
mergulhe no abismo

terça-feira, 10 de maio de 2011

passeio e pulo pra dentro do vulcão

ouro seco
maldito caboclo
descalço no mato
matando os pescoços
atira no mato
calçado esforço
venenosa plantinha
fez um machucado
sacaneou o pentelho
brincou de sanhaço
carona de febre
com força de lebre
correu ao vulcão
pulou, se desfez

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Contos Delírios - 05

O solo vivia sua vida de terra estratificada contendo várias pérolas preciosas.

As gentis pessoas que chegavam até aquela roça admiravam a terra, mas não pegavam os diamantes, pois preferiam vê-los lá ao natural.

Era inaudível o grito das pedras preciosas em gratidão, mas elas viviam em verdadeira festa por poderem permanecer ali e ainda terem contato com seres humanos.