segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

mãos ao alto

pular nos peixes
e navegar o mar
ir até o fundo
sem saber voltar

dias difíceis vêm e vão
abandono meu coração
às velas cheias de ventos
morro feito pato
e gosto muito, de fato
naveguei o mar de peito aberto
agora me jogo da ponte mais alta da cidade
de passatempo, força de vontade

triturar os pães de queijo
com um bom caldo de cana
sigo atento à próxima janela
e pulo pra cima e caio lá embaixo
até porque eu não desperdiçaria a oportunidade
de voar feito liberdade
começa aqui, acaba ali

narigudinha dando bobeira na livraria
se ela bobear o vento canta
devia ser um sonho

grandes verdades o vento traz
aconchega, acomoda em paz
quem seria eu pra merecer?
pulei também de um viaduto outro dia
amanhecer

saudade do frio
e do sentimento
de missão cumprida
pular do helicóptero lá no alto aquele dia foi muito pouco para uma semana
gostaria de encontrar quem me ama
pular do alto da minha cama
em um abismo infinito
fogo, mato, farto
cansei de voar, agora quero pegar fogo
sufoco

dia um, dia dois
um dia sim, um dia não
acelerar o caminhão sem freio do alto de uma montanha
também parece uma boa, relaxa

desbravar as terras
ser um conquistador
e depois amarrar os laços
e preso se jogar a um incinerador
bobagem

que a vida seja boa para ti, irmão
fica nessa não

mãos ao alto!
um novo salto

_
escrito ao som do álbum Piece of Mind do Iron Maiden

Um comentário:

Tamires Santos disse...

Dias difíceis vêm e vão
Pra mim, mais vêm do que vão
Mas está tudo bem
Por que meu sofrimento não é em vão