segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

louco sopro...

_ beijo e mordo, seu pescoço...
suave como uma pluma você me diz
seu dente arranca pedaço
e eu meio que me desfaço
querendo mais...

sou uma veia aberta
em uma viela de dieta
arranque-me o coração
nada ainda é virtuoso...
te quero pra sempre, e mais o gosto...
de você permanecerá

o bê a bá...
o resto destilará

numa causa tão pequena
ainda vivo por nós dois
vou sonhar depois
com o que me despertaria

há uma singeleza de via... que engole e neutraliza... como se fosse a única... independente ou sua...
carne crua
frita em sol
e em lá bemol
surge uma coisa boa
riscar um fósforo não é arriscar à toa...
quando o fazer jamais esquece-se de morrer

o incenso nos vingará
a lua, mais linda que nunca, nos exterminará em sangue, brilhante...
caio em um penhasco de diamante
e o baque é poder ver você sonhar... no ar... rarefeita... ao mar... silhueta... a sangrar...
gostaria de você de novo
mesmo se preciso fosse
viver mais do que o dia de hoje
sopro...

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