sábado, 12 de maio de 2012

mas que disparate, ó, ser...

olhe só

ela tinha
um medo danado
de atravessar a rua sozinha
à noite, naquele asfalto
morreu desde pequenininha
tudo era sal puro
cloreto que vivificava
todos os dias no estudo

a vida virou a curva
agora ela é alvo puro
levando a vida à toa
com o coração, escudo

mas que disparate, ó, ser
o coração...

olhe só

ela gostava de foices
rufando no clarão da lua
nas noites de soberba cura

mandaram matar
agora no mato
mas ela está viva
um recanto de fato

2 comentários:

Anônimo disse...

Bem interessante!


***
Patrícia Roberta - Colaboradora do Café de Fita

Jefferson Reis disse...

A poesia e sua subjetividade.
Isso me deixa louco.